terça-feira, 31 de julho de 2007

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO CONDOMÍNIO EDIFÍCIO MARQUÊZ DA SANTA CRUZ DE 16 DE JULHO DE 2007

Aos dezesseis dias do mês de julho do ano de dois mil e sete, reuniram-se os Condôminos do Edifício MARQUÊZ DA SANTA CRUZ em Assembléia Geral Extraordinária, às 20h30 em segunda chamada no próprio Edifício, sito na Rua Cristiano Viana, nº 243, conforme Edital de Convocação regularmente expedido em 10/07/2007. Estiveram presentes os Condôminos das unidades 11, 32, 33, 51, 52, 62, 64, 81, 102 E 121, que assinaram a lista de presença.

Abertos os trabalhos, foi indicado e eleito para presidir a Assembléia o Sr. Carlos Alberto Duarte, proprietário da unidade 032, que convidou a mim, Ana Paula Cardoso da Silva, representante da administradora, para secretariá-lo.

A seguir,o Sr. Presidente efetuou a leitura do Edital de Convocação e deu início ao primeiro item da Ordem do Dia:

1) LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA DA ASSEMBLÉIA ANTERIOR.

Com a palavra, o Sr. Presidente perguntou aos condôminos se havia alguma dúvida quanto à ata anterior, não havendo nenhuma manifestação contrária, foi aprovada e ratificada pela unanimidade dos presentes a ata da assembléia anterior.

A seguir, o Sr. Presidente colocou em pauta o segundo item da Ordem do Dia:

2) DISCUSSÃO/APROVAÇÃO DE ARRECADAÇÃO DE VERBA PARA RESTAURAÇÃO DA FACHADA DO PRÉDIO.

Com a palavra, o Sr. Presidente lembrou aos presentes que na Assembléia anterior, conforme registro em Ata, foi aprovada a contratação de um perito pelo valor aproximado de R$ 3.000,00 para elaboração do Termo de Referência, com um escopo padronizado e detalhado do que será necessário fazer no edifício e com embasamento técnico adequado através do qual seriam obtidos orçamentos para a recuperação e restauração da fachada do edifício a serem aprovados na próxima Assembléia.

Com a palavra, o Sr. Síndico informou que entrou em contato com dez engenheiros filiados ao Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (IBAPE) e mais dois engenheiros em anúncios de revista especializada em condomínios. Somente recebeu três propostas, sendo que apenas uma continha curriculum e uma relação significativa de laudos técnicos realizados. Mas na reunião dos Conselhos do dia 2 de julho último para decidir a contratação do perito, constatou-se que essa única proposta não se restringia ao objetivo proposto, era mais investigativa, mais abrangente e de custo bem superior ao valor previsto e, desse modo, decidiu-se abandonar a contratação do perito. O sr Síndico ficou de convocar uma nova Assembléia, que é a que está sendo realizada neste momento. Informou que.distribuiu aos condôminos um relatório com “Considerações e proposta à Assembléia” para exame prévio aos participantes da Assembléia. Esclareceu ainda que, as obras de recuperação da fachada podem ser classificadas em duas categorias:

a) Varandas representam cerca de 85% dos estragos e foram provocados por vazamentos nos ralos e pelos rejuntamentos, causando enferrujamento e inchamento das armaduras, resultando no desplacamento do revestimento. Entretanto, esses estragos não preocupam tanto, pois as armaduras são das lajes de suporte das varandas e essas lajes se apóiam nas vigas horizontais de entrelaçamento entre pilares;

b) Pilares com armaduras aparentes e paredes com trincas horizontais e inclinadas. As causas podem ser diversas, mas exigem reparos urgentes. Faz parte da estrutura geral do prédio, sendo que os pilares sustentam os apartamentos.

O Síndico apresentou a seguinte proposta, envolvendo 6 itens:

1) Limitar-se no momento a enfrentar apenas o problema maior que é a estrutura do edifício;

2) Contratar um Engenheiro com amplos conhecimentos em recuperação de estruturas para assessorar e fiscalizar os serviços necessários e recomendados;

3) Contratar a execução dos serviços com empreiteiro de pequeno porte que seguirá as orientações do Engenheiro contratado;

4) Executar paralelamente, e dentro das possibilidades, a reforma das saídas d’água, os rejuntamentos das varandas, a colocação de rufos na parte superior das fachadas e a colocação de pingadeiras das varandas.

5) Aprovação de uma taxa extra de R$ 100,00 (cem reais), mensais por unidade durante dez meses para atender às despesas dos itens anteriores e;

6) Revisão dessa taxa por ocasião da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no próximo ano.

O Conselheiro Hugo e o Subsíndico Carlos Alberto, tendo em vista as propostas recebidas de várias empresas, acham que o valor da taxa extra é insuficiente para fazer frente aos serviços previstos (despesas com engenheiro, empresa executante das obras e aquisição do material) cujos valores desconhecemos no momento. Disseram que concordavam com a taxa de R$ 100,00 (cem reais), mas que deveria ser deixada uma abertura para alteração caso fosse insuficiente para cobrir os custos necessários ao desenvolvimento das obras.

O Sr. Síndico esclareceu que o custo final dos serviços é incerto e depende da análise e parecer do engenheiro a ser contratado, que identificará a extensão e natureza das trincas e do vulto dos reparos a serem feitos. Após intensos debates e trocas de idéias, a proposta foi aprovada por unanimidade dos presentes, sendo a taxa extra de R$ 100,00 (cem reais), cobrada durante dez meses a partir do boleto de 01/08/2007.

Também ficou aprovado que, caso se constate durante as obras que os recursos provenientes dessa taxa extra sejam insuficientes, o Conselho juntamente com o Sr. Síndico poderão rever esse valor efetuando o ajuste financeiro necessário para que as obras não sofram interrupções e paralisações devido ao grave problema estrutural que enfrentamos no edifício.

Essa decisão, caso seja necessária, será comunicada com antecedência aos condôminos através de circular e ainda poderá ser convocada Assembléia para discussão do assunto.

A seguir, o Sr. Presidente colocou em pauta o último item da Ordem do Dia:

3) ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DO CONDOMÍNIO.

Com a palavra, a Sra. Sônia, proprietária da unidade 062, solicitou uma reforma no salão de festas do prédio (mobiliário) e a permissão do uso também no natal, reveillon e carnaval, bem como a não cobrança de taxa de utilização.

Com a palavra, o Sr. Presidente esclareceu que esse assunto como envolve alteração do Regulamento Interno do edifício, deverá ser incluído e apreciado em pauta de uma próxima Assembléia.

Nada mais havendo a tratar, a Assembléia foi encerrada às 21h35, da qual lavrei a presente ata, que vai assinada pelo Sr. Presidente, por mim secretária e pelos Condôminos que o desejarem.

São Paulo, 16 de julho de 2007.

CARLOS ALBERTO DUARTE
Presidente
ANA PAULA C. DA SILVA
Secretaria

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO CONDOMÍNIO EDIFÍCIO MARQUÊZ DA SANTA CRUZ DE 19 DE JUNHO DE 2007

Aos dezenove dias do mês de junho do ano de dois mil e sete, reuniram-se os Condôminos do Edifício MARQUÊZ DA SANTA CRUZ em Assembléia Geral Extraordinária, às 20h30 em segunda chamada no próprio Edifício, sito na Rua Cristiano Viana, nº 243, conforme Edital de Convocação regularmente expedido em 06/06/2007.

Estiveram presentes os Condôminos das unidades, 121, 62, 33, 32, 112, 81, 64, 11, 14, 52, 111, 53, 102 e 94, que assinaram a lista de presença.

Abertos os trabalhos, foi indicado e eleito para presidir a Assembléia o Sr. Carlos Alberto Duarte, proprietário da unidade 032, que convidou a mim, Ana Paula Cardoso da Silva, representante da administradora, para secretariá-lo. A seguir,o Sr. Presidente informou que faltou na pauta desta assembléia o item leitura e aprovação da ata da assembléia anterior, foi perguntado aos condôminos se havia alguma dúvida quanto à ata anterior, não havendo manifestação contrária, foi ratificada pela unanimidade dos presentes. A seguir, o Sr. Presidente efetuou a leitura do Edital de Convocação e deu início ao primeiro item da Ordem do Dia:

1) DISCUSSÃO/APROVAÇÃO DE ARRECADAÇÃO DE VERBA PARA RESTAURAÇÃO DA FACHADA DO PRÉDIO. Com a palavra, o Sr. Síndico relembrou que a fachada do prédio começou a apresentar problemas em setembro/2006, caindo alguns pedaços dos revestimentos. Foram tomadas medidas paliativas, removendo as partes que estavam soltas. Informou ainda que enviou uma pesquisa aos condôminos explicando que colheu dois orçamentos, que têm uma diferença muito grande entre eles, porque um era de um empreiteiro de pequeno porte e outro de uma firma de engenharia com uma estrutura mais ampla.

Entretanto o objetivo desta assembléia não é aprovar empresas e sim uma Taxa Extra, visto que o Síndico precisa saber qual valor os condôminos aprovam para saber qual tipo de empresa contratar, sugerindo R$ 50,00, R$ 100,00 ou R$ 250,00 por mês para cada unidade.
Ainda com a palavra explicou que existe a possibilidade de fazer a recuperação parcial ou total.

Com a palavra, o Sr. Presidente indagou aos condôminos qual caminho seguir. Após debates e troca de idéias, os condôminos decidiram por unanimidade, por sugestão da conselheira Sra. Laura da unidade 122, a contratação de um perito em torno de R$ 3.000,00 para elaboração do Termo de Referência, com um escopo padronizado e detalhado do que será necessário fazer no edifício, com embasamento técnico adequado.

Com esse Termo de Referência serão obtidos orçamentos de diversas empresas e se convocaria nova assembléia para decidir o que será feito. O Sr. Hugo, unidade 011 se ofereceu para acompanhar o perito. Foi solicitado ainda pelos condôminos que a contratação do perito seja feita o mais rápido possível, devido o risco de queda de mais placas de revestimento.

A seguir, o Sr. Presidente colocou em pauta o segundo item da Ordem do Dia. 2) ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DO CONDOMÍNIO. Com a palavra, o Sr. Mendonça informou que o projeto do Corpo de Bombeiros está sendo executado, estão terminando de instalar a iluminação de emergência nos andares-tipo e andar térreo e está para ser instalada bomba de incêndio.

Deverá ser feito pedido para Eletropaulo da instalação de um relógio de luz separado, tudo conforme consta no projeto aprovado do Corpo de Bombeiros. Informou ainda que uma das exigências feitas é a Brigada de Incêndio, precisando de pelo menos dez participantes, entre condôminos e funcionários do prédio.

Com a palavra, o Sr. Presidente perguntou quem tinha interesse em participar da Brigada de incêndio que será informado posteriormente o dia e a hora do treinamento. Apresentaram-se os condôminos: Iris, unidade 121, Hugo, unidade 011, Patrícia, unidade 94, Carlos Eduardo, unidade 112, Carlos Alberto, unidade 032 e Mendonça, unidade 081.

Com a palavra, o Dr. Clóvis, unidade 052, perguntou ao Síndico porque o mesmo comprou uma TV, um DVD e uma esteira nova para colocar na sala de ginástica, por entender que não era hora e que a sala de ginástica não tem tanta utilização assim. Com a palavra, o Sr. Mendonça explicou que a sala de ginástica estava numa situação muito precária com esteiras antigas exigindo constantes manutenções e uma pesquisa junto aos condôminos demonstrou que muitos utilizariam a sala de ginástica se as esteiras fossem de melhor qualidade, bem conservadas e com recursos como TV e DVD.

Informou ainda que depois dessas aquisições a sala de ginástica passou a ser mais utilizada. Nada mais havendo a tratar, a Assembléia foi encerrada às 22h00, da qual lavrei a presente ata, que vai assinada pelo Sr. Presidente, por mim secretária e pelos Condôminos que o desejarem.
São Paulo, 19 de junho de 2007.
CARLOS ALBERTO DUARTE ANA PAULA C. DA SILVA

Presidente Secretária

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Incêndio do Andraus


Da sacada de seu apartamento, no Jardim da Luz, o aposentado Miguel Ângelo Biondi, paulistano do Bexiga, de 71 anos, aponta o perfil do Edifício Andraus, perdido no horizonte do emaranhado de construções do centro da cidade. Mal se vê o prédio, mas ele o reconhece pelo desenho inconfundível do terraço, um heliporto desativado, que na noite de 24 de fevereiro de 1972 serviu de base para os helicópteros resgatarem centenas de vítimas do mais impressionante dos grandes incêndios ocorridos em São Paulo. Foi uma tragédia de 7 horas e 35 minutos, que deixou 16 mortos e 345 feridos.

As labaredas começaram por volta das 16h15 na sobreloja das Casas Pirani, invadiram em poucos minutos todos os 28 andares e atingiram cinco prédios vizinhos - três no outro lado da Avenida São João e dois na esquina da Rua Aurora.

Traumatizada, a cidade parou.

"Entrei meia hora antes na seguradora em que trabalhava para adiantar umas notas promissórias e quase não saí mais", recordou Biondi na tarde de quarta-feira, depois de abraçar em silêncio, olhos marejados, o coronel Roberto Lemes da Silva, o então tenente-bombeiro que o salvou 32 anos atrás. Com a ajuda de três sargentos e um cabo, o oficial arrastou pelo menos 40 pessoas ao longo de 7 metros de uma escada, improvisada em ponte, entre o teto do Edifício Palladium e o 12.º andar do Andraus. "Como é que vocês tiveram aquela idéia?", perguntou Biondi, ainda admirado com a criatividade da equipe da 4.ª Companhia de Busca e Salvamento que o livrou do edifício em chamas.
Lemes, um especialista em segurança e em combate ao fogo que agora dá aulas, aos 57 anos, num curso de pós-graduação para gerentes de cidades na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), não tem resposta para a curiosidade de Biondi. "Sei lá, numa hora dessas a gente faz o melhor que vem à cabeça", desconversou, emocionado, feliz com o sorriso agradecido do corretor aposentado. "Obrigado pelo que fez pela gente", repetia sem parar aquele homem que ele acabara de conhecer.

Biondi não se lembrava das feições do bombeiro, mas guardou viva na memória a imagem de um vulto escuro que brilhava a seu lado, iluminado pelas luzes piscando na rua, 50 metros abaixo. "Só recordo que era um bombeiro que sabia conversar, falava alto e animava a gente", disse Biondi. "Era eu", revelou Lemes - lembrando do recurso que ele e seus homens costumavam usar para encorajar vítimas.

Gratidão
Biondi e sua mulher, Dalva, olharam o coronel com extrema gratidão. "O senhor foi um anjo sem asas", agradeceu o aposentado, conferindo com o homem que salvou sua vida detalhes de uma tragédia que, três décadas depois, ainda não saiu de sua cabeça. "Em nenhum momento pensei que fosse morrer, mas não sabia como ia sair daquele inferno", revelou, sempre sorrindo, orgulhoso da própria sorte. Biondi tentou escapar pelo terraço, de onde decolavam 12 helicópteros, mas o alçapão de acesso havia sido trancado.

Restavam as escadas, prédio abaixo, sob o calor de uma temperatura que, no foco das chamas, atingia 700 graus. "As paredes pareciam uma frigideira, de tão quentes que estavam", lembra-se o corretor.

A maioria dos sobreviventes, entre os quais Paschoal Giuliano, presidente do Palmeiras, saiu por esse caminho. O coronel Lemes calcula que mais de 2 mil pessoas estavam no Andraus quando o fogo começou, entre a primeira e a segunda sobreloja das Casas Pirani, que tinham suas vitrines no térreo. Do heliporto foram tiradas mais de 300 pessoas. Aglomeradas no terraço, enquanto uma multidão gritava da rua pedindo calma, elas impediam a descida dos helicópteros.

Até que o capitão Hélio Caldas, comandante do tenente Lemes, saltou de um dos aparelhos e abriu uma clareira para iniciar o resgate.
"Me deitaram no chão de um desses helicópteros e me levaram para a Praça Princesa Isabel e dali para o hospital", recorda o publicitário Levy dos Santos, funcionário da Siemens, uma das empresas do condomínio. As outras inquilinas eram Petrobras, Shell e várias corretoras de seguros, além da Pirani.
Centenas de vítimas espremiam-se pelas escadas, enquanto o socorro não chegava. "Eu não tinha mais esperança de viver e, por isso, recoloquei no dedo uma aliança com o nome de minha mulher, Lethes, para que pudessem identificar meu corpo", conta Levy, de 75 anos, reconstituindo lembranças do "tempo interminável" que passou no 21.º andar.

Desespero
Nem todos tiveram a esperança de Biondi e a calma de Levy. Algumas pessoas lançaram-se do terraço ou das janelas, no desespero de escapar da morte. O vento empurrava as chamas
para o lado da Avenida São João, onde o volume de fogo transformou a tragédia do Andraus num dos incêndios visualmente mais espetaculares da história. "Desse ponto de vista, o Andraus foi mais pavoroso que o Joelma, em que morreram 187 pessoas", afirma o coronel Lemes. Os números de vítimas são contraditórios, porque os registros somam aos mortos retirados dos prédios a alguns que morreram depois.

"Não morri no Andraus porque pedi demissão na Siemens um dia antes", afirma a baiana Judith Santos Tolentino, 47 anos ascensorista do Edifício Palladium. Ela era copeira da multinacional alemã e havia passado naquela tarde de quinta-feira para acertar as contas, quase na hora do incêndio. "Recebi o dinheiro e, como não haviam dado baixa na carteira, resolvi ir comprar uma passagem na antiga rodoviária para meu irmão, que ia para Ilhéus. Quanto voltei, o prédio estava pegando fogo". Judith guarda fotos de funcionários da Siemens, entre eles Levy dos Santos, seu padrinho de casamento.

Salomão Ferreira Chaves, o zelador do Palladium que na terça-feira levou o coronel Lemes ao terraço do prédio para mostrar onde os bombeiros improvisaram uma ponte para o Andraus, ouve essas histórias com um nó na garganta. Ele tinha 18 anos de idade e acompanhou o incêndio perdido no meio da multidão que se juntou na Praça da República.

"Meu sofrimento era ver que não podia fazer nada para socorrer as vítimas", disse o zelador. Trinta anos depois da catástrofe, os vizinhos e testemunhas da tragédia falam dela com detalhes, descrevendo cenas e repetindo diálogos como se tivessem ocorrido alguns dias atrás. O coronel Lemes também. Ele ainda ouve ressoar a voz de uma moça que, olhando-o nos olhos, repetia sem parar: "Bombeiro, eu quero viver!"

Incêndio do Joelma


Data: sexta-feira, dia 1º de fevereiro de 1974

Hora de início: aproximadamente 08:50 horas

Vítimas: 179 mortes e 300 feridos

Número de ocupantes: estavam no local, por volta de 756 pessoas

Origem: aparelho de ar condicionado no 12º andar; exames posteriores demonstraram que havia uma ligação de outro pavimento, sem controle daquele em que estava

Número de andares: vinte e cinco

Ocupação: subsolo e térreo destinados à guarda de registros de documentos dos escritórios; do 1º andar ao 10º para estacionamento aberto e do 11º ao 25º, ocupados por escritórios.

Tipo de construção: estrutura de concreto armado com vedações externas de tijolos ocos cobertos por reboco e revestidos por ladrilhos cerâmicos na parte externa. As aberturas para janelas eram de vidro plano em esquadrias de alumínio. O telhado era de telhas de cimento amianto sobre estrutura de madeira. Nos escritórios, a compartimentação interna era feita por divisórias de madeira e o forro era constituído por placas de fibra combustível fixadas em ripas de madeira e a laje-piso era forrada por carpete.

Desenrolar dos fatos: às 08:50 horas um funcionário ouviu um ruído de vidro rompendo, proveniente de um dos escritórios do 12º andar. Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar condicionado estava queimando. Foi correndo até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia; mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede. As cortinas se incendiaram e o incêndio começou a se propagar pelas placas combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas ao chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça. Subiu as escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor. A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram feitas várias corridas de elevadores até que a atmosfera permitisse, salvando muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas, após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20º andar.

Fonte : http://www.bombeirosemergencia.com.br/joelma.htm

Classes de Incêndio

CLASSE DE INCÊNDIO (CO2) : A
Papel, madeira, etc. Material que deixa brasa ou cinza, requer um agente que molhe e resfrie.

GÁS CARBÔNICO (CO2) : Apaga somente na superfície.

PÓ QUÍMICO SECO : Apaga somente na superfície.

Espuma : SIM REGULAR. Abafa e resfria.

ÁGUA GÁS : SIM EXCELENTE . Esfria, encharca e apaga totalmente.

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CLASSE DE INCÊNDIO (CO2) : B

Líquidos inflamáveis (óleos, gasolina, graxas, etc.). Requer ação rápida de resfriamento e abafamento.

GÁS CARBÔNICO (CO2) : SIM BOM. Não deixa resíduo e é inofensivo.

PÓ QUÍMICO SECO : SIM EXCELENTE. Abafa rapidamente.

Espuma : SIM EXCELENTE. Produz um lençol de espuma que abafa o fogo.

ÁGUA GÁS : Só em forma de borrifo, saturando o ar de umidade.

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CLASSE DE INCÊNDIO (CO2) : C

Equipamentos elétricos. Requer agente não condutor de corrente.

GÁS CARBÔNICO (CO2) : SIM EXCELENTE. Não deixa resíduo, não danifica o equipamento e não conduz eletricidade.

PÓ QUÍMICO SECO : SIM BOM. Não é condutor da corrente.

Espuma : NÃO. A espuma é condutora e danifica o equipamento.
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CLASSE DE INCÊNDIO (CO2) : C

Equipamentos elétricos. Requer agente não condutor de corrente.

GÁS CARBÔNICO (CO2) : SIM EXCELENTE. Não deixa resíduo, não danifica o equipamento e não conduz eletricidade.

PÓ QUÍMICO SECO : SIM BOM. Não é condutor da corrente.

Espuma : NÃO. A espuma é condutora e danifica o equipamento.

ÁGUA GÁS : NÃO. Conduz eletricidade.

Fonte : http://www.bombeirosemergencia.com.br/usodoextintor.htm

TIPOS DE EXTINTORES

Extintor : GÁS CARBÔNICO (CO2) :

COMO OPERÁ-LO :

1-Retire a trava de segurança.
2-Segure firme o punho difusor.
3-Aperte o gatilho.
4-Direcione o jato para base do fogo fazendo uma varredura.

SUBSTÂNCIA EXTINTORA : Dióxido de Carbono

EFEITO PRINCIPAL DO EXTINTOR : Abafamento

TEMPO DE EFETUAR A RECARGA : Perda de peso além de 10%

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Extintor : PÓ QUÍMICO SECO

COMO OPERÁ-LO :

1-Abra a ampola de gás (só nos aparelhos PQPI).
2-Segure firme o punho difusor.
3-Aperte o gatilho.
4-Oriente o jato de maneira a formar uma cortina de pó sobre o fogo.

SUBSTÂNCIA EXTINTORA : Pó químico seco e CO2 produzido pelo pó em contato com o fogo

EFEITO PRINCIPAL DO EXTINTOR : Abafamento

TEMPO DE EFETUAR A RECARGA : Anualmente ou perda de peso da ampola além de 10% ou manômetro em "recarregar"

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Extintor : ESPUMA

COMO OPERÁ-LO :

1-Vire o extintor com a tampa para baixo.
2-Oriente o jato para base do fogo.

SUBSTÂNCIA EXTINTORA : Espuma formada por bolhas consistentes e cheias de CO2

EFEITO PRINCIPAL DO EXTINTOR : Abafamento

TEMPO DE EFETUAR A RECARGA : Anualmente

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Extintor : ÁGUA GÁS

COMO OPERÁ-LO :

1-Aperte o gatilho (AGPD-10) ou abra a válvula da ampola de gás (AGPI-10 e AGPI-75)
2-Desenrole a mangueira e abra o esguicho (AGPI-75)
3-Oriente o jato para base do fogo.

SUBSTÂNCIA EXTINTORA : Água

EFEITO PRINCIPAL DO EXTINTOR : Resfriamento pela saturação

TEMPO DE EFETUAR A RECARGA : Anualmente

Fonte : http://www.bombeirosemergencia.com.br/usodoextintor.htm

Combate a Incêndio - Treinamento

Modelo de certificado que moradores e funcionários receberam pela participação no treinamento para combate a incêndios.

Abaixo fotos do treinamento no manejo da mangueira :